partido moçambicano ANAMOLA (Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo) anunciou que não estará presente na cerimónia de abertura das auscultações públicas sobre a revisão constitucional e das leis eleitorais, marcada para o dia 6 de Outubro nas capitais provinciais. A decisão foi tomada pela Comissão Executiva do partido como forma de protesto contra a sua exclusão do processo de diálogo político nacional.
Segundo o secretário-geral do partido, Messias Uarreno, o ANAMOLA manifestou a sua insatisfação com a ausência de resposta ao seu pedido de participação na Comissão Técnica (COTE), responsável por conduzir o processo. Uarreno considera que a exclusão do partido mina a credibilidade das instituições democráticas e ignora a representação de uma parte relevante da sociedade moçambicana.
“Deixar o ANAMOLA fora deste processo é ignorar a voz de uma parte significativa da população e contribuir para o aumento da desconfiança em relação às instituições democráticas, que já enfrentam grandes dificuldades”, afirmou Uarreno.
Apesar de não participar oficialmente, o partido não pretende ficar à margem. Uarreno revelou que o ANAMOLA irá organizar as suas próprias auscultações públicas, com o objetivo de recolher contribuições e consolidar a sua visão sobre as reformas necessárias no país.
“O nosso partido vai avançar com auscultações próprias, com vista a aprofundar a proposta de uma nova sociedade que represente os anseios da população, após décadas de exclusão”, assegurou.
Mesmo fora do processo liderado pela COTE, o ANAMOLA garantiu que fará chegar as suas propostas aos responsáveis. Entre as prioridades do partido estão alterações à Constituição da República, à Lei Orgânica da Comissão Nacional de Eleições (CNE), à Lei do Recenseamento Eleitoral, bem como às leis que regulam as eleições legislativas e presidenciais.
